Desperdício alimentar

Desperdício alimentar – É qualquer substância ou produto transformado, parcialmente transformado ou não transformado, destinado a ser consumido pelo ser humano ou com razoáveis probabilidades de o ser, do qual o detentor (produtor primário, indústria agro-alimentar, comércio e distribuição e famílias) se desfaz ou tem intenção ou obrigação de o fazer, assumindo a natureza do resíduo.

Resíduo alimentar – alimentos destinados ao consumo humano quer em estado comestível quer não comestível, retirados da cadeia de produção primária, da transformação, do fabrico, do transporte, do armazenamento, do retalho e do consumidor, com excepção das perdas de produção primárias.

Como exemplos:

  • Alimentos comestíveis (cascas, caroços, talos, etc…);
  • Alimentos perdidos desde a sua produção (campo agrícola) até ao seu consumo;
  • Restos de comida deixados no prato ou restos de comida já cozinhada e esquecida no frigorífico;
  • Frutas que apodreceram;
  • Leite ou derivados que passaram o prazo de validade;
  • Comida pré-confeccionada que foi comprada ou servida em demasia, em festas por exemplo;
  • Comida que caiu ao chão;
  • Comida que tem sinais de bolor.

 

Desperdício alimentar representa 1/3 dos alimentos produzidos para consumo. Equivale a 1,3 mil milhões de toneladas que se perdem ou desperdiçam.

As perdas e os desperdícios alimentares custam anualmente cerca de 990 mil milhões de dólares à economia mundial e contribuem para o aumento da insegurança alimentar e da malnutrição. Os alimentos que acabam por se perder ou ser desperdiçados consomem aproximadamente cerca de ¼ da água usada para fins agrícolas, estimando-se também que estejam na origem de 8 % das emissões mundiais de gases com efeito de estufa, além de contribuírem para a perda da biodiversidade

A quantidade de comida desperdiçada nos países industrializados é muito semelhante à quantidade de alimentos produzidos pelos países africanos abaixo do Sahara (cerca de 225 milhões de toneladas).

Na Europa são desperdiçados 89 milhões de toneladas de alimentos, o que corresponde a 179 kg por habitante, distribuídos pelas famílias (42%), pela restauração (14%) e pela distribuição (5%).

Os Portugueses desperdiçam anualmente 1 milhão de toneladas de alimentos, o que corresponde a 17% dos alimentos produzidos.

O desperdício do consumo doméstico chega a 20% do orçamento mensal para uma casa.

Há tendência a colocar no prato cerca do dobro da quantidade de comida que necessitamos, acabando por desperdiçar cerca de 25%. O que leva ao aumento da obesidade e do desperdício alimentar.

Frutas e produtos hortícolas são os alimentos que mais se desperdiçam, cerca de 44%.

Se algum desperdício alimentar ( com por exemplo, cascas, talos, sementes, folhas, …) for reaproveitado, sendo preparados, confeccionados e consumidos adequadamente, consegue-se combater a fome, a subnutrição e a desnutrição, que acontece em todos os países.

Sugestões para reduzir o desperdício alimentar:

  • Planear as refeições e elaborar uma lista de compras, antes de ir às compras;
  • Prepare e confeccione as quantidades certas de alimentos para o número de pessoas que vai consumir uma refeição;
  • Preferir alimentos vendidos a granel;
  • Não ir às compras com fome;
  • Reaproveitar os talos, cascas, sementes e folhas de fruta e produtos hortícolas;
  • Aproveitar as águas de cozedura dos alimentos;
  • Comece por consumir primeiramente a fruta e os produtos hortícolas mais maduros e só depois os mais verdes;
  • Se após as refeições sobrar alimentos, congele ou guarde no frigorífico em recipientes apropriados.

 

Se cada pessoa, mudar um pouco… a nossa saúde e o nosso planeta agradece…