Alimentação Sustentável

A alimentação sustentável tem um baixo impacto ambiental e contribui para a
segurança alimentar e nutricional da população assim como para o seu estado de saúde no
presente bem como no futuro. As dietas sustentáveis protegem e respeitam a biodiversidade e
o ecossistema, alem de permitir otimizar os recursos naturais e humanos. Uma dieta
sustentável é culturalmente aceite, nutricionalmente adequada, acessível pela população,
segura e economicamente justa.

Deve-se optar pelo consumo de alimentos locais, produzidos nas proximidades que
tem uma cadeia de distribuição curta, promovendo a economia da zona e reduzindo a pegada
de carbono.

Dar preferência ao consumo de alimentos sazonais, alimentos que se encontram
disponíveis localmente e em condições de maturação adequadas para o seu consumo. O
consumo destes alimentos possibilita um custo económico e ambiental inferior aos alimentos
consumidos fora de época. E apresentam melhores características nutricionais e
organolépticas.

Os alimentos sazonais a consumir neste trimestre, nos meses de Outubro, Novembro e Dezembro são:

Hortícolas – abóbora, acelga, agrião, alface, batata nova, beldroegas, beterraba, brócolos,
cebola, cenoura, chicória, couves-bruxelas, couve-lombarda, couve-portuguesa, espinafres,
grelos, nabiças, nabo, rabanete, repolho, brócolos.

Fruta e frutos secos – amora, ananás dos açores, banana da madeira, diospiro, laranja, kiwi,
limão, maçã, pera, tangerina, amêndoa, avelãs, castanhas.

Peixes e pescado – atum, bacalhau, besugo, carapau, garoupa, linguado, sardinha, solha,
perca, polvo, ameijoa, berbigão, camarão, mexilhão, percebe, sapateira, santola.

 

Como preparar refeições sustentáveis:

  • Fazer uma lista de compras e adquirir os alimentos que serão consumidos
  • Ocupar ¾ do prato com alimentos de origem vegetal
  • Limitar ¼ do prato a alimentos de origem animal
  • Reduzir o consumo de carnes vermelhas
  • Aumentar o consumo diário de leguminosas juntamente com cereais e usá-las em substituição da carne do peixe ou do ovo em algumas refeições da semana.
  • Servir as porções em função da roda da alimentação mediterrânica e em conformidade com as necessidades energéticas e nutricionais individuais.
  • Consumir alimentos nacionais.
  • Consumir alimentos provindos do comércio justo
  • Reaproveitar as sobras
  • Reduzir o desperdício na preparação e confecção dos alimentos, por exemplo reaproveitar algumas cascas.
  • Fazer compostagem dos resíduos orgânicos e utilizar como fertilizante.
  • Ao cozinhar a comida, manter a panela fechada com as tampas e desligar o fogão pouco tempo antes de estar preparado.
  • Adquirir produtos a granel.
  • Reutilizar e reciclar as embalagens usadas.
  • Minimizar o embalamento.
  • Consumir em primeiro lugar os alimentos mais perecíveis
  • Fazer uma horta familiar ou um canteiro aromático

Opte por praticar uma alimentação mediterrânica, que representa um estilo de vida
que comtempla um modelo alimentar saudável, com recurso a práticas sustentáveis
amigas do ambiente, que protegem os meios rurais de subsistência e melhoram a
equidade e o bem-estar social. É uma alimentação acessível a todos, economicamente
justa e que preserva a cultura dos povos.

Repense o seu consumo, e torne-o possível e praticável na redução do desperdício
alimentar, na reutilização de alimentos para novas confecções culinárias e na reciclagem
dos recursos utilizados.

Cada individuo deve envolver-se ativamente na promoção de uma alimentação
saudável que contribua para a diminuição do desperdício alimentar e para a
sustentabilidade dos recursos naturais.

“Construir uma visão comum para a sustentabilidade alimentar e agricultura depende de
cada um de nós” Building a common vision for sustainable food ang agriculture (FAO 2014)

Artigo redigido por:
Tânia Silva, nutricionista, cédula profissional n.º 1342N